M de “do Mal”

12 nov

M3b

Já que eu comecei falando de BMW, vamos continuar, só que agora subindo um nível: deixando só o primeiro dígito do numeral e adicionando uma letrinha na frente. Esse texto eu escrevi no dia 11/07 desse ano, exatamente no dia que dei rolê nessa caranga. Como eu cheguei a ela é uma outra história, que um dia ainda renderá um post aqui, assim espero.

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Fazia tempo que não andava em alguma coisa divertida nova, hoje tive uma oportunidade bastante interessante! Mas no final digo pra vocês que fiquei é meio triste. Pra quem conhece esse emblema não precisa falar nada, mas pra quem não conhece, esse M, no meu ponto de vista, significa o que tem de mais sofisticado, refinado, o estado da arte em esportividade em carros de passeio. Tá certo que essa M3 é mais antiguinha, uma 90 e pouco, que nem é tão demoníaca quando as mais recentes, mas mesmo assim, estamos falando de um conjunto extremamente bem acertado, um carro leve, tração traseira, excelente distribuição de peso, e um L6 até modesto, com 3 litros e uns 280hp originais, mas coisa que para meros mortais já é um absurdo.

Bom, como sutilmente citado na frase anterior, 280hp originais, mas nesse caso não estamos falando de originais! Sim, essa tinha uma pimentinha leve, virada no álcool e uma turbininha pequena, nada que abusasse demais da pressão, nem chegava a manter estável depois dos 5K, mas o suficiente para empurrar uns 378hp nas rodas (vi o mapa printado do dyno!), o que deve dar uns 450hp aproximadamente no motor… ou um pouco mais! Agora por que eu fiquei triste? Eu já tive oportunidades de andar com algumas carangas legais, consideradas fortes para meros mortais, mas até então nunca tinha ultrapassado a barreira dos 400hp, aí você calcula a expectativa que eu estava. Manos, sai de rolê com o brother naquele veneno de sentir o troço empurrando, dar torcicolo, sentir os pulmões encostando nas costelas! Mas infelizmente o mundo conspirou contra mim… Primeiro que, depois de andar alguns minutos por alguns quarteirões, quando surgiu o primeiro momento em que o brother pudesse ser menos contido no pé direito, percebemos que a Fueltech estava bloqueada, a tal trava de segurança contra manobristas ajustada pruns 3K. Toca de volta pra oficina pro preparador colocar a senha e liberar o acesso full, e ali vi no LCD liberando para 7200 RPM. Ah, aí sim, agora o bicho pega! Pois bem, de volta às ruas, roda pra cá, entra pra lá, para no farol, pega outra rua, desvia do caminhão, e assim vai por minutos e minutos e nada de liberar poucas dezenas de metros para que pudesse relaxar o pé direito por mais do que 2 ou 3 segundos! Mano, que raiva, vira pra cá, vira pra lá, entramos na estrada e o que? – Tudo parado! PQP! Pois bem, o brother desistiu, deu meia volta na estrada, e voltamos rumo à oficina. Ou seja, tudo que vivi foram os meros 2 ou 3 segundos em segunda marcha, empurrando com a mesma força que empurrava em primeira. Mas na boa, primeira e segunda com uma caranga dessas, pneus originais, nem dá pra cutucar senão lixa! Você só acelera de verdade quando está a caminho da terceira, ou seja, bem no ponto onde eu parei. E eu fico imaginando o que tinha por vir, uma coisa dessas você passa de marcha pra cima e parece que nem faz diferença, terceira, quarta, e o demônio continuar afundando as costas no banco com a mesma força que fazia em primeira! Cara, isso é triste… como dizem por aí, é como estar com uma poota mina gata no motel é só poder dar beijinho no rosto! Enfim, paciência, essa especificamente eu duvido que eu volte a andar, e não existe outra igual. E mesmo que eu tivesse a oportunidade de andar numa M3 das 0K, V8, 4 litros, 420hp, que pra mim é o sedan mais fodástico produzido atualmente, sempre vai ficar aquela dúvida, se, e o quanto, aquela outra velhinha L6 fuçada andava a mais!

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